18 de maio de 2021
Como ficam os filhos quando pais têm estilos parentais divergentes?
No último post, escrevi sobre os estilos parentais. E então, conseguiu identificar seu ESTILO PARENTAL?
Reforço a importância de reconhecermos nosso estilo predominante, mesmo que possamos oscilar conforme a situação, porque ao entendermos qual nosso jeitão ou jeitinho, como pais e mães, fazemos nossas escolhas com mais assertividade.
Outro aspecto importante neste reconhecimento é de entender o estilo parental de nosso cônjuge, parceiro ou parceira na jornada parental. Jamais podemos esquecer que somos únicos e de que nosso jeito de educar nossos filhos está diretamente relacionado com nossa história, nossa trajetória como filhos que é, via de regra, completamente diferente de qualquer outro, mesmo que seja aquela pessoa com quem já convivemos há anos como companheiro afetivo.
A história de vida individual que foi vivida antes do casal se constituir, faz cada pessoa construir seus valores de vida, ou seja, aquilo que mais importa para ela, aquilo que faz ela fazer suas escolhas, tomar suas atitudes. Para uns pode importar o sucesso, a realização, o respeito. Para outros poderão ser estes e outros valores, ou ainda, os mesmos valores entendidos de forma diferente.
O alinhamento ou a melhor a convivência entre o jeito do pai e o jeito da mãe educar é um dos maiores desafios que encontramos entre os casais com filhos.
As diferenças entre pai e mãe são compreensíveis, pois são duas pessoas diferentes, que receberam educações familiares diferentes que, por sua vez, lhes deixaram marcas de infância diferentes.
Se, então, é comum que estas diferenças entre pai e mãe gerem divergências, como fazer para que elas não respinguem negativamente nos filhos?
Conhece aquele ditado “quando nasce um filho, nasce um pai e uma mãe!”? Este é uma frase que eu costumo usar também, mas cabe aqui um esclarecimento. Este ´nascimento´ não significa que a mãe, por ser mulher, já está pronta para dar conta de tudo que tem que ser feito na educação de seu filho e também não quer dizer que o pai, por ser homem e por não gerar, não faz parte da sua natureza criar os filhos e, portanto, o que fizer já é lucro!
Este nascimento compreende que ambos darão seus primeiros passos no desempenho de um novo papel – o de ser o responsável por um outro ser para cuida-lo, protegê-lo, educa-lo e conduzi-lo para a vida autônoma, como individuo. No desenvolvimento deste novo papel ou função que foi escolhida, terão erros, acertos, dúvidas, incertezas, conquistas.
Pois, ao nascer um pai e uma mãe nasce um novo casal – o casal parental! No nascimento deste novo casal, em primeiro lugar, é importante entender que ser diferentes é positivo. Que se conduzidas de forma CONSCIENTE, as diferenças entre pai e mãe enriquecem a vida do filho. Porém, é importante que o casal converse de forma objetiva e acolhedora sobre algumas questões como:
Por exemplo, se o casal tem como valor o RESPEITO, importante acordar como farão para transmitir ao filho e para que ele aprenda a respeitar.
Esta estratégia de conversar e planejar em conjunto reduz, significativamente, divergências como, por exemplo, para um RESPEITAR é obedecer sem questionar o que pai e mãe dizem enquanto para outro RESPEITAR é ouvir a todos e, a partir disso, pai ou mãe e filho chegarem a um acordo, a um combinado!
Então, se você é pai ou mãe de uma família, não espere que surjam grandes divergências entre o seu jeito de pensar e fazer a educação de seu filho e o jeito do seu parceiro/a para tomar uma atitude ou buscar ajuda externa, por exemplo. Não deixe chegar ao ponto de vocês jogarem o jogo do ´empurra-empurra´, no qual um diz que o outro é autoritário demais, o outro diz que é permissivo.
Comece agora a buscar um alinhamento parental que dê aos seus filhos segurança, referências de respeito e de valores familiares. Nunca é tarde e também nunca é cedo! Aliás, estes alinhamentos já poderíam ser pauta das conversas de casais antes mesmo de engravidar! Além de ser saudável para os filhos é para o casal também, pois ambos precisam se sentir importantes, aceitos e pertencentes na linda jornada do casal parental.
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