Comunicação: desafio grande para todas as idades

18 de maio de 2021

Vários problemas com adultos ocorrem por conta da comunicação. Claro que nem todos. Mas muitos se intensificam por ruídos entre o emissor e o receptor da mensagem falada ou escrita. A comunicação feita de forma inadequada amplifica os problemas e desentendimentos!

Calma, calma! Não pare de ler pensando que este é um texto para quem faz parte do mundo corporativo ou acadêmico. Este texto é para você, pai ou mãe, e para mim. Somos seres humanos, sociais: a comunicação é a forma como vivemos, interagimos, nos desenvolvemos e nos relacionamos, certo?

E qual é o primeiro cenário de aprendizado e exercício da comunicação? A resposta biologicamente adequada seria o útero.

Mas vamos aqui colocar a família como o primeiro meio social onde aprendemos e praticamos a comunicação. Esta habilidade que pode se tornar um modo poderoso de gerar paz ou guerra entre as pessoas.

Encontramos inúmeros estudos que nos auxiliam a entender os estilos de comunicação. Quando trata-se de como uma pessoa se comunica, podemos seguir a clássica classificação: assertiva, agressiva, passiva-agressiva e passiva. Somente lendo os nomes você já se identificou?

Vou lhe ajudar com algumas características de cada estilo de comunicação:

A pessoa com predominância do estilo passivo busca harmonia e até pode fugir dos conflitos. Tenta não desagradar o outro. Tem dificuldade em dizer não e estabelecer limites e, por isso, cede facilmente. Por isso, pode se sentir sobrecarregada com atividades que não gostaria de fazer ou que não fazem parte de sua prioridade. As pessoas próximas não têm consciência dos seus desejos e preferências. Valoriza mais os direitos e desejos do outro que o seus. Não diz aos outros o que gostaria que eles fizessem e espera que tenham iniciativa e percebam o que ele(a) gostaria.

Com um estilo agressivo mais forte, a pessoa costuma ter a necessidade de que o outro concorde com seu ponto de vista e com seus desejos e prioridades. Frequentemente desvaloriza o outro ou seus desejos para se valorizar. Mostra-se intolerante e frequentemente interrompe outras pessoas na conversa. Valoriza mais seus direitos e desejos que os dos outro.

O terceiro estilo, o passivo agressivo, se dá através de um discurso que não desagrada o outro, aceita as opiniões e raramente discorda ou diz não. No entanto, na prática, ao contrário do passivo, alguém que tenha o estilo passivo agressivo predominante não se sente obrigado a realizar as tarefas assumidas de forma contrária aos seus desejos e prioridades. Esse tipo de pessoa dá certeza de que fará o que foi solicitado, mas nem sempre dá prioridade ao que assumiu contra seus desejos – e por isso essas coisas acabam por não serem cumpridas. Provavelmente não irá aos compromissos marcados (mas sempre tem uma desculpa ou se esquece do que ocorreu).

E por fim, o quarto estilo clássico de comunicação é o assertivo, no qual se evidencia a transparência na linguagem e nos sentimentos. As pessoas próximas sabem o que uma pessoa com este estilo deseja, mas não se sentem na obrigação de realizar tudo o que a pessoa quer, pois ela aceita bem que os outros lhe digam não. A pessoa sabe expor seus desejos e sabe aceitar uma negação. Da mesma forma, sabe dizer não e estabelecer limites claros, sem ter que se justificar muito. 

Abaixo, listo algumas atitudes de uma comunicação assertiva, para que você possa reconhecê-las em sua vida ou, se for de sua vontade, colocá-las como prioridade para desenvolvê-las:

  • Resolver os problemas assim que identificados, em vez de evitá-los e permitir que fiquem maiores ou mais graves.
  • Reconhecer as emoções que estão expressas na situação – as suas e as do seu filho, por exemplo –  e lidar com elas de maneira saudável.
  • Ser claro e direto.
  • Estar disposto a pedir ajuda.
  • Ouvir os outros de forma ativa.
  • Reconhecer e validar o ponto de vista das outras pessoas e, ao mesmo tempo, explicar a sua própria opinião.

Então, já se identificou entre os quatro estilos?

Ao ler cada estilo, lembrou de algum familiar ou pessoa próxima?

Que tal agora fazer uma análise de como está a comunicação na sua família?

Você tem dito com frequência “Ninguém me ouve”, “Meus filhos não me escutam”, “Eu falo água, meu marido entende vinho”? Se estas são falas recorrentes em sua casa ou se todo o combinado vira um grande conflito, está na hora de vocês repensarem, em família, sua comunicação!

Deixe aqui seus comentários. Desejo muito que este texto tenha contribuído com seus caminhos parentais e de vida.

Beijo no seu coração!

Categoria: Blog

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