18 de maio de 2021
Educar os filhos é escolher um caminho para viajar entre os inúmeros existentes. No decorrer desta viagem, os caminhos possíveis parecem mais um labirinto não é?
Essa escolha começa antes mesmo de seu filho nascer, e se estende por toda a vida! E, a cada trecho placas de sinalização de trânsito indicam rotas a serem escolhidas:
Parto normal ou cesariana?
Usar chupeta ou não usar?
Levar para uma escola infantil ou educar em casa na primeira infância?
Escola A ou Escola B?
Conviver com eletrônicos ou não?
Que hora dizer SIM? Que hora dizer NÃO?
Com certeza você teria uma infinidade de exemplos de placas já encontradas durante seus caminhos parentais até agora, seja lá a idade que seu filho tenha. Sou mãe de adolescente e posso garantir que cada vez há mais placas pelo caminho!
Essa afirmação não é para deixar ninguém assustado: ao contrário. Trago boas novas!
Os estudos sobre parentalidade – ou seja, a educação dos filhos – têm mostrado que o exercício da parentalidade envolve sim a escolha de muitos caminhos.
O termo “parentalidade” origina-se da conjunção das palavras “parental” + “idade” e era, até recentemente, mais usado no cenário jurídico quando tratavam-se das questões legais que dizem respeito ao ato de responsabilizar-se pela educação e cuidado de pessoas menores de idade, o ato de assumir o papel de pai ou de mãe de outra pessoa legalmente menor de idade. Nos últimos anos, o termo tem recebido uma ampliação de significado e sido usado também nos segmentos da educação, da saúde mental, da pediatria e neurologia pediátrica, por exemplo.
Tem ficado claro que ser pai e mãe não é seguir exatamente o mesmo caminho já trilhado por tantos outros pais – os nossos e nossos avós, por exemplo. Também não é seguir, por imitação, outros pais que conhecemos, como amigos, familiares ou influenciadores.
Exercer a nossa parentalidade é escolher qual caminho seguir, e nem sempre esta escolha é consciente.
Podemos organizar estes caminhos em 4 grupos que chamamos de estilos parentais:
– AUTORITÁRIO: a educação se dá a partir das necessidades e ponto de vista do pai ou da mãe, e, via de regra, são impostas;
– PERMISSIVO: as necessidades dos filhos estão em primeiríssimo lugar, fazendo com que o pai ou a mãe até anulem suas necessidades e deixem de desempenhar outros papéis sociais. Neste estilo a maioria dos desejos e vontades dos filhos são entendidos pelos adultos e tratados como necessidades;
– NEGLIGENTE: quando a relação entre pai ou mãe com filhos não tem uma intencionalidade por parte do adulto. Quando vivemos embalados pela música “Deixa a vida me levar”. Não tomamos consciência das necessidades do filho e das necessidades dos pais;
– CONSCIENTE: quando assumimos a função parental com intencionalidade, ou seja, nos conhecendo como pais, sabendo nossos valores, buscando o equilíbrio entre nossas necessidades de pai e mãe e as necessidades dos filhos. As necessidades envolvem ser aceito como é, sentir-se parte da família e ser importante como uma pessoa que respeita e é respeitada. Neste estilo, os pais estão sempre em desenvolvimento e construção.
Ao reconhecermos nosso estilo, escolhemos as rotas do caminho parental com mais clareza e diminuímos os momentos de culpa e medo. O mundo de hoje nos oferece muitas rotas e muitos desafios. Por isso tudo a importância de nos desenvolvermos e “estudarmos para sermos pai e mãe”. Sobre isso falei no post anterior!
E então, conseguiu identificar seu ESTILO PARENTAL?
Deixe aqui seus comentários!
Te espero no próximo post.
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